16.2.08


CAVALO

O dorso ardente prova o fogo dos prados
E o trigo das horas corridas ao sol

Na confusa fusão do olhar somos
um só mesmo animal na poeira dos rumos.

O galope intenso nos leva além
dos limiares de verde solidão e monotonia

A terra pouco a pouco
Abre paisagens segregadas a pés ou patas

Teu meu corpo feroz é só alento e pulsação
Nossas crinas solares dançam em desespero

Alcançamos a aurora da cidade fulgurante
fugitivos a correr desde a noite primeira.