13.9.06


GIZ


Desenho estrelas no céu vazio: a brancura do sol come os meus dedos: pó de palavras se acumula nos meus flancos: vozes se alastram entre olhares: pássaros chacinam a manhã: a ácida brancura do giz queima minhas mãos: devora meus braços e pensamentos: colore de tédio os meus cabelos.
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Olho para trás: crianças anotam constelações nos mapas: cinzas de sonho nevam tranqüilas nas salas de aula: as mãos pequenas e morenas copiam as estrelas: ignoram a morte antiga dos homem dos sonhos dos desejos: são mãos macias olhos e bocas ávidas: crianças fardadas de esperança: janelas abertas para o futuro.
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Mas eu escrevo hoje: e nada sei do futuro: sei apenas que as lições se esquecem: as estrelas queimam os nossos dedos: as palavras viram pó que nem os homens.

11.9.06


UFA!

Acabo de chegar de viagem. Estava em Brasília, e por lá pude visitar a Feira do Livro, uma loucura de gente, nos seus últimos dias. Descolei muita coisa boa em sebos, a preços de banana (quanto custa um cacho?). Em breve posto novos comentários aqui, e novos poemas também... é bom espanar logo a poeira e remover as teias senão perco todos os meus dois ou três leitores.