Ser um homem fiel ao espírito da sua época é um daqueles clichês repetidos à exaustão, mas não por mim. Só me reconheço nestes tempos pelas minhas incongruências.
26.4.07
QUATRO ESTAÇÕES
Há um eu e um tu de inverno
Patinamos sobre o gelo
Das incertezas do mundo
E tentamos rodopios graciosos
que redundam em tombo.
Mal quedamos
E um sorriso frágil
vem nos reanimar:
Não estamos partidos
No outono dos corpos.
Fôssemos delicados
Ficaríamos caídos
Até a primavera
Esperando
Fôssemos delicados
Ficaríamos caídos
Até a primavera
Esperando
Renascer.
Mas nos erguemos
em gestos urgentes
cada mão sente
no calor da outra
um começo de verão.
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